Nesta quarta-feira (dia 11/12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar, pela 3° vez consecutiva a taxa de juros Selic, em 100 pontos bases, para 12,25% ao ano, depois da última vez ter sido em maio de 2022.
Tal decisão, unânime, foi tomada por conta que a inflação de 2024, segundo dados do relatório do Focus e do Banco Central, – elevada para 4,84%, após uma alta de 0,39 % do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em novembro – está acima da meta estipulada no começo desse ano, a qual era 0,37 ponto porcentual, 4,50% na totalidade, ainda de forma tolerante, já que a meta central é 3% de inflação neste ano.
Assim, o Banco Central está tentando contornar a situação para alcançar o seu objetivo de estabilidade de preços, a suavização das flutuações das atividades econômicas e o fomento do pleno emprego.
Além disso, caso a meta não seja cumprida, o Banco Central (BC) precisará elaborar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificando os motivos.

Por que a taxa subir faz com que a inflação tenda a diminuir?

De forma simplificada, quanto maior as taxas ficam, menor é o estímulo para o consumo, fazendo com que a alta dos preços seja influenciada a desacelerar.
Portanto, como a taxa da inflação está maior do que deveria, o Copom já prevê mais duas altas de 1 ponto posteriormente, já que é essencial que a meta seja cumprida, pois, caso ao contrário, gera-se desconfiança nos investidores exteriores acarretando instabilidade para a economia futura do Brasil.
Ademais, no comunicado da decisão, o Copom afirmou que, diante do cenário externo – marcado por desancoragem das expectativas de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto – é necessário cautela dos países emergentes e uma política mais contracionista

Redator: Maísa Faria

Revisão: Karini Yumi

Reprodução de imagem: Mobills