Na última segunda-feira (14), Marcelo Mariano, ex-diretor do Corinthians e investigado no caso que apura irregularidades no patrocínio com a Vai de Bet, deu seu depoimento à polícia. O interrogatório durou três horas, onde houve contradições em relação ao depoimento de Alex Cassundé, empresário que teria intermediado o negócio no ano passado. 

A Polícia Civil rejeitou o pedido de adiamento feito pela defesa de Augusto Melo, presidente do Corinthians e também investigado no Caso Vai de Bet. O depoimento dele está marcado para quarta-feira, às 14h (horário de Brasília), e, mesmo que ele não compareça, a polícia já tem elementos para encerrar o inquérito sem sua oitiva. 

A defesa de Melo alega não ter tido acesso completo aos autos e pede mais tempo para analisar o caso antes do depoimento. “O advogado precisa analisar tudo, de capa a capa, para saber quais elementos já foram coletados e preparar a defesa”, afirmou seu advogado. A decisão da polícia se baseia nos resultados das diligências já realizadas, incluindo depoimentos, quebras de sigilo bancário e outras investigações conduzidas até agora.

Caso VaideBet e Corinthians

O contrato de patrocínio entre Corinthians e VaideBet está sob investigação após a descoberta de repasses de recursos do clube para a Rede Social Media Design Ltda, empresa de propriedade de Alex Cassundé, citada no acordo como intermediadora da negociação. 

Posteriormente, parte desses valores foram direcionados para uma empresa “laranja” e, segundo as investigações, acabaram em uma conta ligada ao crime organizado.

Em março do ano passado, o Corinthians teria feito dois depósitos de R$ 700 mil reais para Alex Cassundé, da Rede Social Media Design Ltda, que foi escolhida para intermediar o patrocínio. Além dessa, outra transferência foi feita no valor de R$ 580 mil à Neoway Solucções Integradas em Serviços Ltda e depois mais R$ 462 mil foram transferidos para a mesma.

Redator: Karini Yumi

Revisor: Maísa Faria

Imagens:  Rodrigo Coca / Corinthians