Análise financeira de empresas do agronegócio é tema de estudo na Unesp de Tupã
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Dissertação de mestrado defendida no PGAD de Tupã propôs analisar a dinâmica do capital de giro ler
O discente Yves Gimenes Pacanaro do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio e Desenvolvimento (PGAD) da Faculdade de Ciências e Engenharia, Câmpus de Tupã, defendeu a dissertação “Modelo Fleuriet e a crise econômica brasileira: uma análise da situação financeira das empresas de agronegócio listadas na B3”.
Sob a orientação do Prof. Dr. Timóteo Ramos Queiroz e coorientação do Prof. Dr. Gessuir Pigatto (PGAD/UNESP) o discente desenvolveu sua dissertação com o propósito de analisar a dinâmica do capital de giro das empresas do agronegócio pertencentes aos segmentos de Agricultura, Açúcar e Álcool, e Carnes e Derivados, listadas na Brasil, Bolsa e Balcão (B3) frente a crise econômica brasileira de 2015.
Para atender aos objetivos propostos, foi realizada uma análise das demonstrações financeiras referentes ao período de 2011/2018 das 14 empresas pertencentes aos segmentos citados. Tal análise teve como base a utilização do Modelo Fleuriet, ou ainda denominado como Modelo Dinâmico de Análise Financeira.
O ferramental metodológico lançou mão da Análise de Conglomerados por meio do Método Hierárquico Aglomerativo de Ward, em seguida foram efetuados Testes de Hipóteses para Média das Diferenças a partir da técnica estatística Teste de Wilcoxon. As análises foram realizadas com uso de tabulação cruzada e do software IBM SPSS®.
Os resultados apontaram para uma mudança não universal na forma de associação das empresas. Desse modo, foi possível inferir, ceteris paribus, que a crise econômica brasileira influenciou na forma de associação das empresas analisadas, bem como em seus respectivos saldos de tesouraria.
Destaca-se que os resultados foram capazes de demonstrar a contribuição do Modelo Fleuriet para a gestão do capital de giro, haja vista que a correlação de Pearson indicou maior aderência da variável saldo de tesouraria para com a variação cambial quando comparada ao índice de liquidez corrente. Tal fato permitiu inferir que o modelo dinâmico apresenta maior capacidade de acompanhar as variações mercadológicas inerentes ao cotidiano das companhias que desempenham atividades de exportação e importação.
A defesa ocorreu no dia 11 de novembro, tendo como presidente o orientador e como membros o Profª. Drª. Sandra Cristina de Oliveira (PGAD/UNESP) e Prof. Dr. Alexandre Godinho Bertoncello (UNOESTE).
Segundo o discente, “a análise financeira de empresas do agronegócio deixa evidente algumas peculiaridades deste importante setor da economia, o qual historicamente tem sido responsável por sustentar a balança comercial e o PIB brasileiro. Tais companhias apresentam estruturas com altos níveis de endividamento e estratégias mais conservadoras de gestão do capital de giro. Além disso, o resultado da pesquisa apontou para uma influência não universal nos níveis do saldo de tesouraria dessas organizações, sendo possível inferir que existe uma heterogeneidade por parte dos gestores com relação ao processo decisório e as estratégias de investimento”.