O cinema brasileiro alcançou um marco histórico na noite deste domingo, 2 de março de 2025, com a vitória de “Ainda Estou Aqui” na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, o filme narra a luta de Eunice Paiva durante a ditadura militar brasileira dos anos 1970, em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu marido, o deputado Rubens Paiva.

Esta conquista representa a primeira vez que uma produção brasileira recebe o Oscar de Melhor Filme Internacional, destacando-se entre concorrentes como “A Garota com a Agulha” (Dinamarca), “A Semente da Figueira Sagrada” (Irã) e “Emilia Pérez” (França).

Walter Salles, ao receber a estatueta, dedicou o prêmio a Eunice Paiva e às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretaram Eunice em diferentes fases da vida. Ele ressaltou a importância de relembrar a história para que injustiças não se repitam.

A trajetória de “Ainda Estou Aqui” até o Oscar foi marcada por diversos reconhecimentos internacionais. O filme recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e o Prêmio do Público no Festival de Roterdã. Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva na fase adulta, foi aclamada por sua atuação, recebendo o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático, tornando-se a primeira brasileira a conquistar essa categoria.

A produção também obteve sucesso de bilheteria no Brasil, com mais de 5,2 milhões de ingressos vendidos desde sua estreia em novembro de 2024.

A vitória de “Ainda Estou Aqui” no Oscar não apenas celebra a excelência do cinema nacional, mas também reforça a relevância de contar histórias que refletem momentos cruciais da história brasileira, promovendo memória e reflexão.

Redação: Guilherme Silva Domingues

Revisão: Ruan Cezar Barbosa

Reprodução de Imagem: Arturo Holmes/WireImage