Aglomerações marcam ‘flexibilização’ no comércio de Marília
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Aglomerações marcam ‘flexibilização’ no comércio de Marília
Desde antes das 10h, centro comercial das ruas São Luiz e 9 de Julho já registravam filas e aglomeração de consumidores ler
Marília reabriu todo seu comércio e liberou o funcionamento de diversos serviços hoje, 1º de junho, depois de 71 dias de vigência dos decretos municipal e estadual de quarentena com restrições de atividades comerciais consideradas não essenciais, medidas de combate ao contágio e proliferação da Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2).
Permitida por Decreto do prefeito Daniel Alonso (PSDB), a partir das 10h, a abertura dos estabelecimentos do centro comercial do município causou diversas aglomerações, algumas sem medidas simples como distanciamento entre consumidores (sobretudo fora da loja, em fila de espera), várias pessoas sem máscara e indivíduos do grupo de risco reunidos nas calçadas das ruas São Luiz e 9 de Julho e da avenida Sampaio Vidal.
A reportagem do Marília do Bem esteve no local e flagrou algumas dessas irregularidades. Pessoas entrevistadas, que preferiram não se identificar, comentaram que o principal motivo da ida até as lojas foi para pagamento de carnês. No entanto, um desempregado de 33 anos afirmou estar enfrentando a fila para “comprar uma TV na promoção”.
Ele ainda comentou que faria uso do auxílio emergencial, liberado pelo governo, para a compra e desdenhou da doença (mesmo de máscara):
“Esse vírus não é tudo isso que estão falando, não. Isso tudo é pra dar mais crise pro governo do Brasil”.
No final de semana, a cidade também recebeu pixações em diversas paredes de estabelecimentos das principais ruas da cidade, a maioria em apoio ao isolamento social e contra as medidas de flexibilização anunciadas pelo prefeito Daniel. Mensagens contra o governador João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também foram registradas.
Atualizado: A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que as pichações serão apagadas e os atos de vandalismo devem ser investigados pela Polícia Civil.
Fiscalização
Enquanto a reportagem do Marília do Bem esteve no centro comercial, um lojista da área têxtil afirmou ter visto três ou quatro fiscais de posturas do município na região. De acordo com a assessoria da Prefeitura, apenas 15 fiscais devem monitorar o cumprimento do decreto. Desde o início da quarentena, a Prefeitura vem atuando com número reduzido de servidores em vários setores, por fazerem parte do grupo de risco.
“Além da fiscalização, que atualmente conta com 15 fiscais de posturas, a prefeitura pede a colaboração dos comerciantes para ter o discernimento de cumprir as determinadas regras. (…) Da mesma forma que o setor de fiscalização conseguiu manter os estabelecimentos fechados, eles continuarão orientando a todos dentro das novas regras”, afirma a nota.
A Prefeitura ainda informa que os comércios que estiverem funcionando fora do novo decreto, poderão ser denunciados na Ouvidoria do Município pelo WhatsApp (14) 99799-6361, e-mail: ouvidoria@marilia.sp.gov.br; e duas linhas de telefone celular somente para ligações: (14) 99855-1997 e (14) 99846-7444.