“Adultização”: entenda do que fala o youtuber Felca
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“Adultização”: entenda do que fala o youtuber Felca
Na última quinta (07) Felca postou um vídeo expondo a adultização nas redes sociais ler
Na última quinta-feira (07) o youtuber Felipe “Felca” Bressanim publicou um vídeo em seu canal no YouTube explicando, explicitando e denunciando o conteúdo em vídeos publicados nas redes sociais, principalmente no Instagram.
O conteúdo dos vídeos denunciado por Felca mostra crianças nas mais diversas situações: desde momentos acolhedores com a família, até mostrar menores de idade se portando de maneira sexualizada em frente às câmeras.
A denúncia do youtuber chama a atenção para a “adultização” das crianças na internet e explica: “o problema é quando o algoritmo entende que crianças expostas dessa forma são considerados um dos ‘tópicos de interesse’ (que o algoritmo mostra para seus usuários)”, afirmou Bressanim.
O que é a adultização?
A adultização exposta por Felca consiste na exposição de crianças na internet em situações que são normais para adultos, mas que não deveriam estar acontecendo com indivíduos menores de idade.
Um dos principais exemplos mostrado pelo youtuber é a influenciadora Kamylinha Santos, que participava de uma espécie de reality show postado em stories do Instagram, no perfil de Hytalo Santos.
Em seu vídeo, Bressanim mostra momentos, devidamente censurados, da influenciadora rebolando no colo de outro adolescente, observados por adultos em seu entorno, todos sem falar nada.
Outra cena emblemática é uma em que Hytalo puxa a coberta de Kamylinha, que estava aproveitando um momento de intimidade com seu namorado, um acontecimento que se deu para “mostrar as poucas vestes dos adolescentes”, afirma Felca.
Além do caso de Kamylinha, o youtuber também menciona o caso da influenciadora infantil “Bel para meninas”, em que a menor de idade se mostra coagida a ceder à vontade da mãe, onde é possível ouvir um sussurro “Quer apanhar?” após a criança discordar da escolha da mãe.
Estes dois casos, já problemáticos, causaram escândalo. Contudo, o pior acontece em outros perfis disseminados na internet. O problema, como denuncia o vídeo, fica um pouco mais grave quando são mostrados os comentários de perfis que divulgam conteúdo de pornografia infantil aparecendo em publicações de crianças na internet.
As publicações nem sempre possuem um teor “adultizado” contudo, é comum que os menores de idade expostos nos vídeos estejam usando trajes de banho, ou pouca cobertura – como as roupas de verão, comumente usadas – e mesmo assim, suas fotos e vídeos são chamarizes e até mesmo “pontos de encontro virtuais” para a distribuição de conteúdo pornográfico.
Má intenção ou descaso?
O youtuber questiona em seu vídeo se a distribuição deste conteúdo é má intencionada ou se é um descaso dos órgãos – internos e externos às plataformas – que deveriam regular a entrega e permissões para postar conteúdos deste teor.
Para responder à pergunta levantada, é necessário relembrar que o próprio YouTube já sofreu com esse tipo de represália nos EUA, em 2019. Ainda que Felca aborde um conteúdo mais presente no Instagram, tem de se ter em mente de que ele está em toda a internet.
Em 2019, empresas como Nestlé e a Epic Games estavam boicotando a plataforma de vídeos e deixando de fazer anúncios, por conta de pedófilos utilizando a plataforma para se comunicar e divulgar meios de distribuição de conteúdo pornográfico infantil na sessão de comentários: assim como é feito atualmente no instagram.
Os comentários eram feitos em vídeos inocentes: de meninas se alongando, fazendo ginástica ou até mesmo brincando. À época, o YouTube decidiu por tirar por completo a sessão de comentários dos vídeos de meninas menores de idade fazendo atividades cotidianas.
O que aconteceu com o YouTube em 2019 é a mesma coisa que acontece com o Instagram atualmente: é um comportamento recorrente e incentivado pelos algoritmos de distribuição de conteúdo para que o usuário tenha cada vez mais horas de seu dia dedicadas à navegação da rede. Afinal, quanto mais tempo na rede, mais dados as empresas possuem de você.
Portanto, não se pode dizer que é um descaso, mas sim, é possível afirmar que é a falta de transparência de como funcionam os algoritmos por parte das Big Techs, para que assim, como usuários, podermos lidar melhor com sua máquina de entrega de conteúdo, pois só assim é possível saber como cobrar atitudes de autoridades.
Enquanto as Big Techs continuam se movendo pela busca da coleta infinita de dados para serem vendidos aos parceiros comerciais, ao usuário final, cabe se resguardar e se proteger, deixando de publicar fotos e vídeos de menores de idade – seja em qualquer situação.
As implicações políticas
Por mais que o YouTube tenha decidido por banir os comentários em 2019, é válido ressaltar que esta foi uma decisão tomada em uma era pré-Trump nos EUA. Nas últimas eleições estadunidenses foi possível acompanhar de perto o apoio dos maiores CEOs do país ao atual presidente.
A liberdade que os CEOs tanto buscam é justamente para poder deixar os algoritmos entregarem o que bem entenderem, sem considerar os possíveis desdobramentos para a sociedade civil, um comportamento cada vez mais nítido na maneira como a internet tem sido conduzida, como a exposta por Felca.