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A tríplice crise de Bolsonaro
Crises sanitária, econômica e política podem gerar impedimento do presidente Jair Bolsonaro ler
O governo de Jair Bolsonaro enfrenta uma tríplice crise: a sanitária, envolvendo a pandemia da Covid-19; a econômica, impulsionada pela anterior, mas, sobretudo, motivada pela incapacidade política-gerencial presidencial em tocar a agenda de reformas estruturais pró-mercado; e a crise de reputação política graças a erosão do discurso anticorrupção e a atual inclinação presidencial a velha política como vacina anti-impeachment.
O descaso de Jair Bolsonaro no manejo da pandemia da Covid-19 irá deixar marcas profundas sobre ele e o governo. A ideia especulativa de que a Covid-19 era uma “gripezinha” está sendo desmascarada pela realidade dos óbitos.
O esforço contínuo via discurso e ações contra o isolamento social conjugada a demissão do Ministro da Saúde Mandeta, visando evitar a morte de CNPJ’s já está matando mais CPF’s, os quais são tratados com um “E daí?”.
O presidente parece que esqueceu que quem vota é o CPF. CNPJ’s recupera-se, CPF não ressuscita. Vender a ilusão de que é possível evitar a morte de CNPJ’s com a reabertura comercial, flexibilizando a estratégia com base científica do isolamento social ao custo de um tanto de mortes não é algo moralmente aceito pela população brasileira. Não se joga no cassino com sangue alheio.
Muitos brasileiros já observam Bolsonaro como um coveiro. Ao final, muito mais irão ter a certeza de que ele foi um carrasco.
Já a crise econômica vinha antes da pandemia. O governo Bolsonaro não compreendeu que um país desigual não suporta política econômica ultraliberal. No primeiro ano de mandato, o Congresso garantiu-lhe maioria para tocar uma ambiciosa agenda de reformas econômicas “liberal” e estruturante. Pouco avançou-se e o crescimento econômico não veio.
Quando surgiu estresse entre reformas necessárias, demandas sociais e enfrentamento político, este fast track do Congresso foi retirado pela classe política. A debacle econômica da Covid-19 tornou-se mais um ingrediente na longa crise estrutural brasileira, impulsionadora de desigualdades sociais com impactos devastadores no mercado do voto.
A incapacidade política-gerencial presidencial em tocar a agenda de reformas estruturais pró-mercado ficou escancarada. O ápice foi o general Braga Netto (Casa Civil) apresentar um plano de reativação da economia assemelhado ao PAC (Plano de Aceleração do Crescimento ) do lulo-petismo. Dilma está cogitando processar Bolsonaro por plágio. Paulo Guedes será testemunha dela.
Nesta conjuntura complexa, Bolsonaro mergulhou na terceira crise: a de reputação política. Não dá para fechar os olhos e tapar o nariz para a saída de Sérgio Moro do governo pelos motivos expostos vis-à-vis a busca pelo apoio do centrão, aquele mesmo que Bolsonaro prometeu aposentar da política nacional na campanha eleitoral de 2018.
A crença popular no discurso antissistema do presidente contra a velha política vai virar frustração. Portanto, é melhor “jair” se arrependendo do apoio cego ao bolsonarismo. As últimas pesquisas de opinião pública já captaram este sentimento no conservadorismo democrático brasileiro.
O medo da morte pela Covid-19, o futuro econômico incerto das pessoas devido ao desemprego e o enterro da plataforma eleitoral anticorrupção pela adesão do centrão ao bolsonarismo combinado a falta de senso de realidade do presidente são variáveis objetivas capazes de gerar fatores subjetivos e emocionais na população imprevisíveis no cotidiano da Política e, se sobreviver até lá, no mercado de votos onde será jogada a reeleição.