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Presidente, de um lado. Governadores e prefeitos, de outro. Todos agindo conforme seus respectivos cálculos eleitorais. E a população? ler
As principais lideranças do país estão lidando com a pandemia do novo coronavírus baseado em seus respectivos cálculos políticos eleitorais. Só que a circunstância exige desprendimentos político e econômico e união de propósitos, visando uma solução menos traumática do problema para todos.
Na realidade, enquanto precisamos de coordenação para enfrentar com eficácia a crise pandêmica, nossas lideranças estão oferecendo duas visões opostas ao enfrentamento do desafio.
De um lado, com o epicentro nos governos de Estado e nas prefeituras de grandes cidades, principalmente no eixo São Paulo-Rio, João Doria, governador do estado de São Paulo. De outro, o presidente da república, Jair Bolsonaro.
Doria decidiu enfrentar a Covid-19 com a estratégia do distanciamento social para evitar aglomerações de pessoas, ou seja, o chamado isolamento horizontal. Seguiu o procedimento chinês que teve bons resultados.
Por meio de decreto estadual, proibiu o funcionamento de órgãos públicos (repartições, escolas, universidades, poder judiciário) e atividades econômicas, em geral, salvo aquelas consideradas essenciais. Preparou novos leitos de UTI, ampliou programas sociais, garantiu subsídios estaduais a empresas etc.
O objetivo é amenizar a capacidade do vírus em contaminar rápido e de uma só vez um número elevado de cidadãos. O procedimento visa ampliar a curva de infectados no tempo, permitindo ao governo oferecer atendimento adequado aos indivíduos em estágio avançado da doença.
A população, confinada em casa, deve comparecer às unidades de saúde se sofrer sintomas mais graves provocados pelo novo coronavírus. Em caso de uma “gripezinha”, melhor ficar em casa.
Dessa maneira, se evitaria uma tragédia nacional, diminuindo o número de infectados e, por consequência, muitas mortes. E mais importante: diminuiria os custos materiais para os governos estaduais e municipais e, principalmente, os custos morais em ano eleitoral.
Não ficará bem para governadores e prefeitos páginas de jornais com pessoas morrendo na frente de unidades de saúde, desnudando a incapacidade gerencial deles às vésperas da eleição, como estamos presenciando no caso da Itália.
O efeito colateral imediato desta escolha foi sobre a já combalida economia brasileira. Milhões de trabalhadores autônomos, pequenos. médios e grandes empresários de ramos econômicos diversos passaram a pressionar o governo sobre o direito ao trabalho para a manutenção das suas empresas, das suas famílias e dos empregos dos brasileiros.
A reação política do presidente Jair Bolsonaro foi imediata. Até porque no cálculo eleitoral dele, os custos econômicos, sobretudo o aumento do desemprego, recairá sobre a sua perspectiva de re-eleição em 2022.
Desde então, o presidente declarou guerra aos governadores e prefeitos que adotaram o isolamento horizontal. E retomou a ideia de que a Covid-19 é um resfriado comum, uma “gripezinha” que não afetará quase ninguém, exceto os grupos de risco, os quais devem praticar o isolamento vertical.
Além disso, passou a declarar que o desastre econômico gerará mais mortos do que a própria doença, pois transformará o Brasil em barril de pólvora com pavil aceso. Por causa da falta de comida e desabastecimento geral de mercadorias e, principalmente, de salários.
Para evitar o pior, passou a defender o fim do isolamento horizontal e o retorno imediato ao trabalho à maioria da população brasileira. Fomentou ainda uma campanha nacional de “buzinaço” pela retomada econômica do país e colocou a máquina federal a propagar oficialmente que “O Brasil não pode parar”.
Para pressionar governadores e prefeitos a revogar os decretos de isolamento horizontal, Bolsonaro lembrou do artigo 486 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que estabelece ao poder executivo o dever de indenizar a paralisação temporária ou definitiva do trabalho.
A Política da Covid-19 presidencial jogou no colo dos governadores e dos prefeitos a divisão dos custos econômicos da pandemia do corona vírus, obrigando-os a dar uma resposta à sociedade raivosa pelo desespero econômico do momento.
Nesta perspectiva, Bolsonaro fez um pronunciamento duro em rede nacional, atacou João Doria em reunião entre a presidência e os governadores, apresentou medidas para amenizar a crise, como apoio ao pagamento da folha de pagamentos de pequenas e médias empresas, estabeleceu auxílio ao trabalhador autônomo (R$ 600 mensais) e a mulher chefe de família (R$ 1.200 mensais), entre outras medidas ao alcance do governo federal.
Alinhou-se ao seu “amigo” Trump e afirmou que a cura não pode ser pior do que o problema. O dilema entre os custos econômicos em contraposição à vidas humanas foi estabelecido sobre a Política da Covid-19.
As perguntas mais frequentes sem respostas são: tornar as pessoas mais pobres tem também consequências sobre a saúde? Qual a maneira ótima de evitar o alastramento da doença sem custos econômicos que ultrapassem os benefícios?
Responder a tais questões de maneira correta e fazer as melhores escolhas para amenizar os custos econômicos e de vidas dos brasileiros, com base na realidade, nos protocolos médicos e científicos, são papéis das lideranças políticas.
Nossos políticos estão à altura dos desafios? E aqui na nossa cidade de Marília, o prefeito Daniel Alonso está em qual caminho?