A Cuba capitalista e o motivo da revolução socialista de 1959
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A Cuba capitalista e o motivo da revolução socialista de 1959
Em 1959, Cuba passou por uma grande transformação após sua revolução que impactou globalmente outros movimentos ler
Cuba, antes de 1959, era palco de exploração estrangeira, turismo sexual e repressão sob o regime ditatorial de Fulgêncio Batista. Esse cenário crítico levou os cubanos a buscar uma ruptura radical: a Revolução Socialista.
Cenário pré-revolução
A Cuba anos antes da revolução socialista encontrava-se recebendo, desde o final do século XVIII, grandes investimentos em sua economia de plantation, especialmente no setor açucareiro, e desde o século XIX os empresários estadunidenses se tornaram muito influentes nos investimentos realizados, possuindo até grandes porções de terra no país caribenho. Além da produção agrícola, a mineração também era alvo dos investimentos estrangeiros, no qual o lucro mal era investido em Cuba, mas sim nos países estrangeiros. O turismo sexual financiado pela burguesia estadunidense também ocorria na ilha caribenha.
Em 1952, Fulgêncio Batista instalou-se no poder novamente através de um golpe militar em março do mesmo ano, e a implementação de uma ditadura que se caracterizou pelo exílio e assassinato dos principais opositores do regime; o fechamento dos partidos políticos e dos sindicatos; censura à imprensa e a outros meios de comunicação etc. Esse fator também propiciou a ascensão de uma organização revolucionária no país.
A revolução cubana
Diante desse contexto, surgiu então o movimento organizado liderado por Fidel Castro e seu irmão Raul.
O movimento obteve diversas derrotas, como a operação 26 de Julho de 1953 que tinha como objetivo tomar as armas do Quartel Moncada. Ela contou com 123 homens e 2 mulheres, além dos irmãos Castro para ser concluída, 8 morreram, 61 foram executados posteriormente, 5 ficaram feridos e os outros foram presos.
O grupo começou a obter êxito após um ponto de virada no pensamento revolucionário, já em 1956, com Ernesto ‘Che’ Guevara sendo um dos membros do M26-7. Durante o período de tempo em Sierra Maestra, região cubana onde se movimentavam constantemente com o objetivo de não serem encontrados por forças opositoras, na região o latifúndio e minifúndio eram muito presentes e viviam em conflitos, isso fez com que Fidel Castro estreitasse seus laços com as lideranças camponesas da Sierra, buscando e dando apoio a essa população trocando meios de subsistência e informações sobre o movimento da oposição, por proteção e incorporação dos camponeses na guerrilha.
A guerrilha então começou a ter uma visão mais estratégica e a atacar pontos fracos da oposição que poderiam fornecer armas, munição e outros abastecimentos. Assim, a guerra entre as guerrilhas foi-se expandindo por todo o país e Sierra Maestra, em 1958, passou a se tornar uma região de total controle dos guerrilheiros revolucionários.
Em 9 de abril de 1958, houve uma tentativa fracassada de greve geral revolucionária em toda a ilha caribenha. Apesar do fracasso da greve, ela teve papel significativo para a revolução que triunfaria mais tarde, pois fez com que Fulgêncio Batista acreditasse que os revolucionários estivessem enfraquecidos.
Desse modo, o presidente organizou a “operação FF” (fim de Fidel), na qual consistia em uma ofensiva em Sierra Maestra, desconhecendo que o local possuía grande controle dos revolucionários. Então, a ofensiva se deparou com uma firme resistência dos guerrilheiros que destruíram a maior parte das unidades do exército.
Após o confronto com as forças do governo de Batista, os guerrilheiros abandonaram Sierra Maestra e passaram a atuar na planície, dividindo-se em duas colunas: Coluna Antonio de Marco e Coluna Ciro Redondo lideradas por Antonio Maceo e Ernesto ‘Che’ Guevara respectivamente. As forças revolucionárias avançaram rapidamente tomando as cidades, com o apoio popular e a imobilização da força opositora. Em razão da circunstância que Cuba se encontrava, Batista deixou a ilha em 1° de janeiro de 1959 e o governo revolucionário assumiu o poder.
O que mudou após 1959?
A política revolucionária implementada em Cuba após 1959 promoveu a construção de uma coletividade nacional, integrando o povo como protagonista de seu próprio poder e de seus projetos. Isso contrastava fortemente com o governo de Fulgêncio Batista, que governava em benefício de uma minoria, como evidenciado pela repressão policial aos minifundiários e arrendatários de terras em Sierra Maestra, enquanto favorecia os latifundiários.
As transformações políticas que o novo governo cubano fez foram o confisco das propriedades das figuras mais comprometidas com a ditadura militar, destruição da estrutura de dominação direta da burguesia com a dissolução do exército regular, a polícia e os organismos vinculados a esses, montou-se uma nova ordem estatal de conteúdo popular que defendeu uma política exterior independente, atacar sistematicamente a propriedade privada: proscreveu o latifúndio, realizou a reforma agrária, nacionalizou o solo e o subsolo, o refino do petróleo, o açúcar, a eletricidade, os telefones, a moradia, o cimento, os bancos e o comércio exterior, entre outros setores, em apenas quatro anos.
O poder político também lançou campanhas de alfabetização, criava grupos de médicos rurais e aumentava os salários mínimos.
Para a consolidação do poder revolucionário, foi-se criado a “Unidade Revolucionária”, estratégia para evitar divisões internas que pudessem prejudicar a consolidação socialista na ilha. Então, os grupos revolucionários: Movimento 26 de julho, Diretório Revolucionário 13 de Março e o Partido Socialista Popular, foram unidos.
Essa estratégia colaborava para a resistência de agressões externas, como o bloqueio econômico dos Estados Unidos, e para agressões internas, como o “quinta-colunismo”, ações subversivas de opositores infiltrados.
A revolução cubana teve um impacto global significativo, influenciando diversos outros movimentos que viriam surgir, especialmente na América Latina, como a Ação Libertadora Nacional (ALN) fundada em 1967 como forma de oposição e resistência à ditadura militar brasileira e a Frente Sandinista De Libertação Nacional da Nicarágua, fundada em 1961.
Redator(a): Vitória Bárbara da Silva
Revisor(a): Ana Luisa Volpe
Imagem: Pixabay