2024 quebra recordes de calor
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Com temperaturas acima da média, o ano de 2024 supera 2023 e passa a ser o ano mais quente da história global ler
O Ano Mais Quente da História
O ano de 2024 está prestes a ser confirmado como o mais quente já registrado.
Dados divulgados nesta manhã (9) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus revelam que novembro foi o segundo mês mais quente da história, ficando atrás apenas de novembro de 2023.
O programa da União Europeia, nomeado Copernicus, foi criado em 2014 e baseia seus relatórios em bilhões de dados coletados globalmente por satélites, navios, aviões e estações meteorológicas.
Entre janeiro e novembro deste ano, Copernicus confirmou que a anomalia de temperatura média global atingiu 0,72°C acima da média de 1991-2020, superando o recorde anterior de 2023 em 0,14°C.
Os dados do ano de 2024 ainda estão incompletos, mas, de acordo com a vice-diretora do Copernicus, Samantha Burgess “com os dados referentes ao penúltimo mês do ano, agora podemos confirmar com quase total certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro a ultrapassar 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais”.
No entanto, para Burgess esse marco não significa uma violação do Acordo de Paris, mas reforça a urgência de ações climáticas ambiciosas.
O Limite Crítico de 1,5°C
Outro marco sombrio para 2024, é o de que o planeta ultrapassou o marco de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais (entre 1850-1900), quando o uso intensivo de combustíveis fósseis começou.
Essa é a principal causa das mudanças climáticas, gerando emissões de dióxido de carbono (CO₂).
Exceder o limite de 1,5°C ao longo de uma década representa um grande risco para a Terra. Por isso, o Acordo de Paris estabeleceu o compromisso de reduzir as emissões e limitar o aquecimento global.
No entanto, apesar das promessas de alcançar emissões líquidas zero, as emissões globais de CO₂ devem atingir um recorde histórico este ano.
Cientistas afirmam que o aquecimento global está intensificando eventos climáticos extremos, deixando-os mais frequentes e causando impactos significativos, como os níveis atuais de mudança climática.
Impactos no Brasil: Secas Recordes
No Brasil, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em Nota Técnica chamada “Análise das Secas no Brasil: Diagnóstico e Projeções Futuras” destaca que, devido a mudanças climáticas regionais e globais, as secas têm se tornado mais frequentes e severas desde 1990.
Essas condições têm provocado crises hídricas de severas magnitudes, que afetam a segurança energética, alimentar e hídrica das diversas regiões brasileiras.
A seca de 2023-2024 é a maior já registrada, atingindo em torno de 59% do território brasileiro (cerca de 5 milhões de km²). Para efeitos de comparação, a seca de 2015-2016 afetou 54% do país, e a de 1997-1998, 42%.
Até setembro de 2024, cerca de 1.200 municípios enfrentaram condições de seca severa, com 263 em situação extrema.
Biomas como Amazônia, Cerrado e Pantanal vivem a pior seca em 70 anos. Desde 2019, o Pantanal sofre com secas prolongadas que comprometem os ciclos de inundação e vazante, essenciais à conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
Além da escassez de chuvas, o aumento das temperaturas globais desde 2023 contribuíram para o avanço de diversas queimadas e desastres ambientais de grande escala, como incêndios, que devastaram amplas áreas de vegetação.
Perspectivas e Recuperação das áreas afetadas
Segundo a Cemaden, a recuperação das áreas afetadas dependerá da gravidade e frequência das secas, podendo levar meses ou até anos. A Nota Técnica foi elaborada como subsídio para a COP 16, realizada em Riade, na Arábia Saudita, reforçando a necessidade de ações urgentes contra a desertificação e os impactos das mudanças climáticas.
Redatora: Isabela Campanhã da Silva
Revisora: Luísa Guena
Reprodução de Imagem: Pixabay por Jose Antonio Alba