Juros altos levam brasileiros a empenhar joias e carros
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Procura por penhor cresce 140% em 2025; dívidas médias chegam a R$ 15 mil com taxas de 12% ao mês ler
SELIC ESTRANGULA CRÉDITO POPULAR
Enquanto bancos oferecem empréstimos pessoais com taxas médias de 18,5% ao ano, casas de penhor cobram até 12% ao mês – mas seguem como única opção para 43% das famílias de baixa renda. Dados do Banco Central mostram que o volume de operações de penhor saltou de R2,1bilho~esem2022paraR 5,9 bilhões em 2024, com projeção de R$ 8,3 bi até dezembro de 2025. “É a Selic sufocando o pobre”, resume Carlos Góes, economista da FGV.
PERFIL DOS CONSOMIDORES
Segundo a Associação Brasileira de Crédito (ABC), 62% dos que empenham bens são mulheres entre 35 e 50 anos, usando joias de família para pagar contas básicas. Em São Paulo, o item mais empenhado em 2025 é a aliança de ouro (48% dos casos), seguida por notebooks (22%) e ferramentas de trabalho (15%). No Nordeste, celulares e motos dominam as garantias.
RISCO DA RENEGADIAÇÃO
Cerca de 30% dos itens empenhados não são resgatados, virando estoque de lojas. Em Minas Gerais, a dona de casa Maria Silva, 58 anos, perdeu um colar de três gerações após não conseguir pagar R$ 1.200 em três meses: “Fiz o penhor para comprar remédio, mas os juros me engoliram”. Casos como o dela cresceram 90% desde 2023.
FALTA DE REGULAÇÃO
O setor opera sob leis de 1932, sem limite para taxas. Projeto de lei em tramitação no Congresso quer fixar teto de 5% ao mês e proibir penhor de itens essenciais (como geladeira e fogão). Enquanto isso, lojistas defendem a flexibilidade: “Se reduzirmos juros, fechamos as portas”, diz José Almeida, dono de uma casa de penhor no Rio.
NOVOS PERIGOS: PENHOR DIGITAL
Apps como “Garantia Express” permitem empenhar bens via foto, mas 27% dos usuários relatam golpes. Em abril, a Polícia Civil prendeu uma quadrilha que clonava joias virtuais e vendia itens inexistentes. “É a combinação perfeita para o desespero: crise + tecnologia”, alerta a delegada Carla Rocha.
O QUE FAZER?
Especialistas sugerem procurar cooperativas de crédito (taxas médias de 2,5% ao mês) ou linhas emergenciais como o Crédito Cidadão, do governo federal. Mas a burocracia trava o acesso: só 12% dos pedidos são aprovados. Enquanto soluções não chegam, o penhor segue como tábua de salvação – e afogamento.
Autor: Beatriz Marçal
Revisor: Victor Hugo Santana
Imagem: IStock