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Ciência e Tecnologia

Como a ciência pode desvendar os bastidores das obras de arte

Tese desenvolvida na USP usou técnicas e conhecimentos de física para analisar materiais e processo criativo por trás das pinturas de Anita Malfatti ler

27 de março de 2022 - 19:00

Responsável por importantes quadros como O Homem Amarelo (1917) e Tropical (1917), a artista Anita Malfatti (1889-1964) é considerada pioneira da Arte Moderna no Brasil. Suas produções seguem sendo estudadas por artistas, historiadores e pesquisadores de áreas, aparentemente, pouco artísticas, como física e química.

Um exemplo é a tese de doutorado Caracterização de pinturas da artista Anita Malfatti por meio de técnicas não destrutivas, desenvolvida em 2015 por Pedro de Campos, doutor pelo Instituto de Física (IF) da USP em São Paulo.

Mais de cinco anos após a entrega da pesquisa, Campos falou ao Ciclo22 sobre como as técnicas funcionam, como cresceu o conhecimento sobre a área e a importância de resgatar uma pesquisa sobre o tema, especialmente em 2022, ano do centenário da Semana de Arte Moderna.

Uma relação pouco provável

Se nos dias atuais a relação entre física e arte parece pouco provável, quando Campos desenvolveu a tese, tal associação era praticamente nula. Poucos profissionais brasileiros sabiam da existência de ferramentas científicas para a análise de obras de arte e outros patrimônios culturais.

O próprio pesquisador só soube da possibilidade no fim da sua graduação em Física pela Universidade de Campinas (Unicamp), em meados dos anos 2005, após uma palestra da professora de Física da USP, Márcia Rizzutto, que estava iniciando pesquisas sobre o assunto.

Campos, então, resolveu fazer iniciação científica com a professora e não deixou mais a área. Durante seu doutorado, aliou as técnicas para estudar obras da artista Anita Malfatti.

“O motivo foi a importância da Anita para a história do Brasil, como a primeira artista plástica do Modernismo, e pela falta de conhecimento que havia sobre os materiais que ela utilizou nas obras.” A possibilidade de usar o acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, onde estão algumas obras de Anita Malfatti, foi outro fator para a escolha, segundo o pesquisador.

A ciência a favor da arte

A importância do uso de análises científicas em materiais artísticos está, entre outros fatores, na geração de um banco de dados e informações que pode auxiliar pesquisadores e profissionais, como os da área de restauração e conservação, a realizarem um melhor trabalho.

“Se um dia a obra for roubada e voltar, por exemplo, é possível fazer uma dessas análises e comparar para descobrir se é a obra original”, disse o pesquisador. O processo também pode contribuir para confirmar a autoria de uma produção posteriormente descoberta.

Na tese, foram analisadas quatro pinturas do acervo do IEB: O Japonês (1915-16), A Estudante Russa (1915), Retrato de Mário de Andrade (1923) e O Homem Amarelo (1915-16), e a obra Tropical (1917), que está disponível na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Para revelar os bastidores da realização de cada uma, foram utilizados diferentes tipos das chamadas técnicas não destrutivas e não invasivas, nas quais o objeto é analisado sem que sejam retiradas amostras dele. Elas são explicadas a seguir.

À época, o pesquisador encontrou dificuldade em conseguir autorizações que permitissem a pesquisa. Isso porque seu trabalho foi um dos pioneiros no País ao aliar diversas técnicas científicas em uma única análise de uma obra de arte. Nos dias atuais, porém, há um maior conhecimento sobre o uso da ciência em materiais artísticos no Brasil, segundo Campos.

Um exemplo é o projeto de restauração da obra Independência ou Morte (1888) de Pedro Américo, que contou com assessoria da professora Márcia Rizzutto e do pesquisador Pedro de Campos, além de pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da USP. O quadro faz parte do Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga, que está integrado à Universidade.

O pesquisador e a pesquisa

Pedro Herzilio Ottoni Viviani de Campos é doutor em Física pelo IFUSP e gerente de Laboratório no Departamento de Conservação e Patrimônio Construído da Universidade de Malta.

Apesar de a linha de pesquisa desenvolvida em sua tese estar focada no espectro da física, o contato com o universo da arte, restauro e conservação fez com que profissionais diferentes trabalhassem juntos.

“A impressão é que nessa linha de pesquisa você aprende muito, todo dia, porque ela é muito multidisciplinar. Não dá para fazer nada sozinho. Eu tenho meus conhecimentos, mas tenho minhas limitações; o restaurador tem os conhecimentos dele e as limitações; o conservador e o químico também. Então tem que juntar toda essa galera para sair o melhor possível”, comentou.

O pesquisador ressaltou a importância de se falar sobre trabalhos acadêmicos, como os que ele produziu. “É muito importante a divulgação tanto para o conhecimento público, porque isso é um investimento do dinheiro público, quanto para que novas pessoas, novos profissionais da área possam surgir”, afirmou.

Fonte: Jornal da USP

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